Entrega do Plano de Vida, pelo Programa Corredor Azul, mobiliza o Território Indígena Kadiwéu
Com a presença de lideranças e membros da comunidade indígena se iniciou, no dia 17 de dezembro, a entrega da publicação "Plano de Vida do Território Indígena Kadiwéu". Até o dia 19, a equipe do Programa Corredor Azul (PCA), da Wetlands International, percorrerá as aldeias Alves de Barros, Campina, Barro Preto e Tomazia.
Possuindo uma área de 538.536 hectares, a Terra Indígena Kadiwéu está localizada quase em sua totalidade no município de Porto Murtinho, com pequena porção no município de Corumbá, ambos no Estado de Mato Grosso do Sul. Abrange seis aldeias, totalizando uma população em torno de 1.200 pessoas. É considerada regularizada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) - etapa final de constituição de um território indígena, conforme legislação vigente.
O Plano de Vida foi construído por meio de trabalho de campo desenvolvido pela equipe técnica do PCA/Mupan (Mulheres em Ação no Pantanal) e indígenas das quatro aldeias envolvidas. Tendo como eixo norteador a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI) e os Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) de Terras Indígenas, um de seus maiores instrumentos de execução. Foram seguidas etapas e metodologias propostas por essa Política Nacional, incluindo o protagonismo e a autonomia dos povos indígenas.
"Entre os meses de abril de 2018 e março de 2019, nós, da Comunidade Indígena Kadiwéu, nos reunimos para olhar nosso Território e pensar em uma visão de futuro para nossa casa, nossa Terra, nosso povo."
Comunidade Ejiwajegi (Kadiwéu) das Aldeias Alves de Barros, Campina, Tomázia e Barro Preto.
Esse período de elaboração ampliou a parceria entre as aldeias e fortaleceu os laços que os unem na Terra Indígena Kadiwéu, um Território de uso comum e coletivo. Os resultados de suas reflexões estão nas páginas do Plano que serve para relembrar os compromissos firmados, os planos traçados e, também, como um importante instrumento para posicioná-los junto às diferentes esferas governamentais para reivindicar seus direitos e construir coletivamente o futuro que desejam.
Ainda na programação, a comunidade indígena participará de uma sessão de vídeo, onde será exibido o processo de construção do Plano com o envolvimento das pessoas. Adultos e crianças reunidos em torno de um objetivo comum, contribuir para o desenvolvimento territorial sustentável da maior área protegida do Pantanal e para a ampliação da qualidade e extensão de áreas sob manejo sustentável.