Queimadas no Pantanal é destaque no III Congresso de Áreas Protegidas da América Latina e Caribe

15/10/2019
Incêndio (já controlado) em território brasileiro, visto do Paraguai. Foto: Saúl Arias.
Incêndio (já controlado) em território brasileiro, visto do Paraguai. Foto: Saúl Arias.

O painel "Incêndios e atividades não sustentáveis" foi tema do III CAPLAC, entre os dias 14 e 17 de outubro de 2019, em Lima (Peru).

2019 já é considerado um ano trágico. Incêndios com grandes proporções afetaram brutalmente a fauna e flora, não só da Amazônia, mas também no Cerrado, Chaco, Chiquitania, Pantanal, que repercutiram mundialmente.

Cássio Bernardino, da WWF-Brasil, apresentou em sua fala a dimensão desse desastre ambiental que se espalhou pelo Pantanal, atingindo áreas no Brasil, Paraguai e Bolívia. Foram registrados aumentos de 300% de áreas de calor e 314% de áreas queimadas no Pantanal, em relação a 2018.

Durante o painel, além das apresentações de instituições da sociedade civil, testemunhos de representantes comunidades do Brasil, Bolívia e Paraguai, destacaram a mobilização de populações locais no combate aos incêndios.

O tema dos incêndios tem sido pautado por diversas redes, dentre elas o Observatorio Pantanal, que em agosto apresentou uma declaração durante sua assembleia anual, contando com a participação de 28 instituições do Brasil, Bolívia e Paraguai.

Além do "Manifesto internacional de las organizaciones medioambientales - Nuestros Bosques se nos Mueren", do qual a Wetlands International é signatária, tornou-se base da "Declaratoria de Lima sobre la Crisis de los Incendios en los Ecosistemas de Latinoamérica".